Rota Palafítica
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Percurso



Rota Palafítica
Rotas do Litoral Alentejano
Perfil: Plano
Época aconselhada: De setembro a maio.
Da Praia da Comporta até à Carrasqueira. Percurso plano, desde o cordão dunar litoral, atravessando a povoação da Comporta, ao longo do sapal, até ao porto palafítico da Carrasqueira.
Ext.: 7.6 km
2:00h Dificuldade:
Gráfico da altitude: 
 | 1145 pessoas gostam deste percurso. |
Descrição

Da Praia da Comporta à Carrrasqueira (7,6 km)
Do parque de estacionamento da Praia da Comporta, dirija-se para nascente, por entre o pinhal. Progrida até chegar à zona onde a estrada Troia – Comporta atravessa a várzea. Nesta zona, a Vala do Juncal, a Vala Real e a Vala dos Quintais, que drenam o arrozal, terminam o seu trajeto para norte. Pela estrada, passe pelo Museu do Arroz e Adega da Comporta, siga pela esquerda, pela antiga Rua das Comportas, e passe os dois pilaretes que demarcam a antiga entrada da povoação da Comporta.
Passe pela antiga Padaria da Comporta, agora um bar, ao fundo da rua, e continue para nascente pela Rua D. Afonso Henriques. Vire à esquerda na placa que assinala a direção de Cambado, pela Rua de São Pedro.
À saída da Comporta, passará a nascente da Capela da Sr.ª da Saúde, e depois siga sempre para norte pela estrada de macadame. Uns 400 metros à frente, há um desvio pela esquerda que leva ao pequeno (800 metros) aeródromo da Comporta. Siga ao longo da pista, por nascente, e, no final, passe pelas habitações até à estrada que atravessa os arrozais na direção NE.
Os campos de arrozais estendem-se para norte da estrada, protegidos do estuário salgado por uma barreira. É o paraíso da passarada, e os 5 km até à ponta dos arrozais são área a percorrer para quem queira observar e fotografar aves. As espécies vão variando ao longo do ano.
Já perto da Carrasqueira, a estrada segue ao longo da barreira de proteção dos arrozais. Deixe a estrada, e vá pela barreira, á esquerda, até ao porto palafítico da Carrasqueira. O passadiço principal prolonga-se por 230 metros, faltando-lhe mais 50 metros até ao abrigo final. Pequena maravilha da presença humana, de uma beleza surpreendente.
O percurso, continuando pela barreira de proteção dos arrozais, termina na povoação da Carrasqueira.
Fotografias:
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Fauna
Este é um percurso dominado principalmente por aves, sendo um ótimo local para observação.

Nas vastas zonas de lamas entre marés existentes nesta área é possível observar espécies como a garça-branca-pequena (Egretta garzetta), a garça-real ou cinzenta (Ardea cinerea), o flamingo (Phoenicopterus roseus), o alfaiate (Recurvirostra avosetta), o borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula), a tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola), o pilrito-comum ou de peito-preto (Calidris alpina), o fuselo (Limosa lapponica) ou a rola-do-mar (Arenaria interpres).

Grandes bandos de patos podem frequentar as áreas estuarinas e espécies como a marrequinha (Anas crecca), o pato-real (Anas platyrhynchos) ou o pato-colhereiro ou trombeteiro (Anas clypeata) são facilmente observáveis.
Este é um bom local para observar, não só as espécies que habitualmente frequentam os arrozais mas também as que utilizam as zonas entre marés e os caniçais. Nos terrenos agrícolas é possível encontrar a narceja-comum (Gallinago gallinago), o milherango ou maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa), o maçarico-bique-bique (Tringa ochropus), o abibe (Vanellus vanellus), o guincho (Larus ridibundus), o tartaranhão-ruivo dos-pauis ou águia-sapeira (Circus aeruginosus), a coruja-do-nabal (Asio flammeus), a gralha-preta (Corvus corone), a laverca (Alauda arvensis), a petinha-dos-prados (Anthus pratensis) e o chapim-de-mascarilha ou de faces-pretas (Remiz pendulinus).



A partir do dique que circunda esta área é possível observar o estuário, onde abundam o cagarraz ou mergulhão-de-pescoço-preto (Podiceps nigricollis), o flamingo (Phoenicopterus roseus), o pato-colhereiro ou trombeteiro (Anas clypeata), a marrequinha (Anas crecca), o perna-vermelha-comum (Tringa totanus), o pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina) e a garça-real ou cinzenta (Ardea cinerea), entre muitas outras espécies.


Na época de nidificação é possível encontrar nesta zona o pernilongo (Himantopus himantopus), a alvéola-amarela (Motacilla flava), a calhandrinha (Calandrella brachydactyla), o rouxinol-grande-dos-caniços (Acrocephalus arundinaceus), a andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica) e o barulhento trigueirão (Emberiza calandra).
In:
http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/rn/rnes/p-carrasq
Flora
Neste percurso podemos encontrar 3 tipos distintos de vegetação: vegetação dunar, desde a praia da Comporta até à estrada principal; terrenos agrícolas, com ênfase nos arrozais, desde a Comporta até à Carrasqueira; e sapal.

No cordão dunar que se atravessa desde a praia da Comporta até ao Museu do Arroz, é constituído por vegetação dunar terciária, com pinheiros (Pinus pinaster e Pinus pinea), camarinha (Corema album), zimbro (Juniperus communis), tomilho carnudo (Thymus carnosus), o tojo (Stauracanthus genistoides), o saganho-mouro (Cistus salvifolius), entre outros.
Assim que chegamos ao ponto mais alto do cordão dunar, ao longe podem ver-se os extensos arrozais. O arroz cultivado é uma planta herbácea incluída na classe Liliopsida (Monocotiledônea), ordem Poales, família Poaceae, gênero Oryza. É uma planta da família das gramíneas que alimenta mais da metade da população humana. É a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassado pelo milho e trigo.



Deixando nas costas a duna e o ambiente de praia, vemo-nos rodeados por campos de arroz imensos, que se mantém pelo restante caminho. Porém ao se olhar com atenção poderemos notar algumas plantas de sapal, uma vez que o rio Sado se encontra logo ali ao lado. Aqui podemos encontrar plantas como limónio-comum (Limonium vulgare), estorno (Ammophila arenaria), bocas-de-lobo (Antirrhinum cirrhigerum) e salgadeira (Atriplex halimus).

Fotografias
 | Início do PercursoPraia da Comporta |  | Fim do PercursoCarrasqueira |
 | Pelos arrozais |  | Canais de irrigação |
 | Carrasqueira |  | Barco no sapal |
Comentários
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